Resolução do PTMG
A crise política em novo patamar
A crise política e institucional que violenta o
Brasil desde o golpe perpetrado em 2016 pelas
elites conservadoras e o capital financeiro, em conluio com a grande mídia
e setores do judiciário, evoluiu para um novo patamar este ano com a condenação do Presidente Lula sem
provas, em uma clara tentativa de fraudar as eleições
de outubro. No entanto, apesar do
ataque midiático sem tréguas comandado pela Globo golpista contra o nosso
Presidente há mais de três anos, é cada vez mais forte na população brasileira a percepção de que a Justiça está agindo sem imparcialidade e trata -se, na verdade, de uma perseguição orquestrada.
Como revelou a pesquisa do Instituto Ipsos, 46% da
população apontam a seletividade do Judiciário no processo contra o Presidente,
enquanto que 51% desaprovam a conduta parcial do seu algoz, o juiz Sérgio
Mouro. Já a Vox Populi apurou que 54% defendem o direito de Lula ser candidato
e a pesquisa CNT/MDA, por sua vez, apontou que ele conta com 33,4% das
intenções de voto - o dobro do segundo colocado - e vence as eleições tanto no
primeiro quanto no segundo turno, em qualquer cenário. Entre os candidatos, Lula
tem, inclusive, o menor índice de rejeição.
Do mesmo modo, o golpe desnuda-se para a população
brasileira. Fomentado sob o pretexto do combate à corrupção, ele levou ao
poder, no entanto, uma camarilha comandada pelo ilegítimo Temer, cuja agenda de
retrocessos e ataques aos direitos do povo e às conquistas dos governos
democrático-populares de Lula e Dilma revela a vampiresca face de um projeto de
País excludente, submisso aos Estados Unidos e a serviço dos interesses dos
bancos, das multinacionais e dos grandes grupos empresariais.
Não por acaso, portanto, são estas mesmas forças do
atraso que estão por traz da criminosa campanha de perseguições contra o
Presidente Lula, cujo objetivo maior é não só inviabilizar a sua candidatura,
mas impedir a retomada de um projeto de desenvolvimento econômico e social
pautado pela defesa da Soberania, da Democracia e dos Direitos do povo e dos
trabalhadores.
Diante
deste cenário, a Direção Executiva do PTMG propõe:
Eleições sem fraude
1. O fortalecimento da campanha “Em defesa
da Democracia e do Direito de Lula
ser candidato”, denunciando o que está por traz das tentativas de impedir a sua candidatura e mobilizando corações e mentes em todo o País pela lisura
das eleições de outubro. Afinal,
eleição sem Lula é fraude!
2. A unidade do campo democrático-popular e das correntes progressistas em torno da candidatura à reeleição do governador Fernando Pimentel, cerrando fileiras
contra as forças do atraso, cuja
expressão em Minas Gerais tem as digitais
do senador tucano Aécio Neves, protagonista maior, a o lado do ilegítimo Temer,
do golpe perpetrado contra a Democracia em
2016.
Organização
e luta
3. A multiplicação dos “Comitês em Defesa do Direito de Lula ser Candidato”, organizando a partir das bases,
nos municípios, nos sindicatos, nas escolas e nas associações populares e
movimentos sociais, a luta e a mobilização em defesa da Democracia e do direito de Lula ser candidato nas eleições
de outubro.
Congresso do Povo
4. A participação ativa no processo
de construção do Congresso do Povo lançado
pela Frente Brasil Popular, unificando os movimentos
sociais e o campo democrático e popular no desenvolvimento, de baixo para cima, de um projeto
de Nação sob os pilares
da Soberania Nacional,
da Democracia e dos Direitos dos trabalhadores e do povo.
5. A unidade em torno do Congresso do Povo, somando forças para a construção
de um programa de governo para o País
focado na superação das desigualdades econômicas e sociais e em forte
contraponto à agenda de retrocessos que o governo
golpista e as forças
do atraso querem
impor aos trabalhadores e aos pobres.
Belo Horizonte, 08 de março de 2018.
Comissão Executiva Estadual do PTMG